sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Divertimento ou constrangimento? Oportunidade de mercado?

Recomendo a leitura do seguinte artigo do "The economist" (16/09/2010):

Down with fun - The depressing vogue for having fun at work


Vários aspectos interessantes:

1) Quem nunca quis ter um ambiente de trabalho alegre? Como isso seria possível?

2) Quem nunca ouviu falar nos espaços "psicodélicos" do Google e suas propostas de "having fun at work"?

3) Conhece alguma empresa que adota filosofia parecida no Brasil? Eu não.

4) E empresas nacionais que implementem esse ambiente "divertido" em outra? Também não conheço. Ouço as vezes falarem de palestras "divertidas" em dinâmica de grupo e tal, porém nunca ouvi falar de empresas nacionais que se responsabilizam em implementar "alegria/divertimento" em outro ambiente. Parece ser uma boa oportunidade, ainda inexplorada, ou pelo menos quase, no país, principalmente porque somos famosos pelo otimismo e alegria (sem referência) e, portanto, deve ter boa recepção.

5) Até que ponto essa "imposição da alegria" cria constrangimento ao invés de conforto? Até que ponto aumenta a produtividade?

Enfim, fica ai a recomendação de leitura....

Abs,
Fred

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

sábado, 10 de julho de 2010

Alguns número$ da Copa

O poder da Fifa
Países membros: 208 (a ONU tem 192)
Lucro da FIFA na copa de 2006: na ordem de US$N x 10⁶ (não achei o número exato)
Telespectadores da Copa de 2006: 26 bilhões


Outros dados impressionantes
Soma dos salários (por ano) de todos os jogadores participantes da copa de 2010: 5 bilhões de euros
Custo da copa 2010: US$ 1bi (Previsão da copa de 2014: US$ 1.3 bi)

segunda-feira, 28 de junho de 2010

Python "na fita"

A revista "Frontiers in Neuroinformatics" lançou um tópico especial Python in neuroscience

quarta-feira, 23 de junho de 2010

Outros "destaques" ambientais

Ontem ouvi na rádio que um estudo, de não sei onde, apontava para a possibilidade "rápida" e economicamente viável de o Brasil reduzir em, acredito, 30% das emissões de CO2 até 2020. Essa redução seria o equivalente a retirar todos os carros do planeta por 3 anos. Parecia fantástico! Porém queria saber mais detalhes e confirmar os números, origem do estudo, os métodos de comparação e, mais importante, o "como".

Fui aos jornais de SP e busquei pela notícia... mas não achei essa especificamente. Mas achei outras interessantes e que não tinham chegados aos meus ouvidos ou olhos. Deixo aqui os outros destaques ambientais não tão destacados

A primeira, uma equivalente a que procurava, mas da europa. Muito positiva, porém também tão como isso seria possível?


As próximas me fazem perguntar porque duas notícias positivas como essas não recebem destaques como se fossem no sentido contrário?


A próxima é para não só olharmos para Amazônia


E por que nunca ouvi falar disso?

A última, o lado negativo do ambientalismo exagerado. Como diz um grande amigo meu, substituímos a visão apocalíptica do Deus Pai, pela da Mãe natureza.

Abs,
Fred

quinta-feira, 10 de junho de 2010

Bolsa de valores é investimento seguro para o longo prazo?

Quem nunca leu uma reportagem de jornal ou revista, comentário de economista, ou mesmo um livro sobre investimento em bolsas de valores, e ouviu que no curto prazo esse tipo investimento é muito arriscado, mas que no longo prazo, 5-10 anos, esse risco se dilui muito.

Para corroborar essa afirmação utilizam o histórico da Bovespa (abaixo).



Agora, Bovespa é do grupo da regra ou da exceção? Como saberemos? Vejamos outras bolsas importantes. Se você pegar o índice Dow Jones (abaixo), a afirmação ainda vale.



Se você pegar a bolsa de países como México e Argentina, a história se repete.

No Canadá (abaixo), se não deu azar, ainda pode ter tido alguma valorização, mas também tem grandes chances de ter tido prejuízo. Mesmo que tivesse valorização, precisaria por na ponta do lápis para calcular se foi o melhor investimento. Afinal, juro sobre juro, mesmo que pequeno no curto prazo, pode ser considerável no longo.



Agora, e se você tivesse investido 10 anos atrás (1999-2001), ou mesmo na maior parte do período de 2000-2010, na Nasdaq (abaixo)?


Imagine investir no Japão, na bolsa de Osaka (abaixo), entre 1987-2000? Se fosse entre 2005 e 2008, teria ganho uma graninha. Mas isso é longo prazo?



E se fosse entre 1998-2002 na bolsa Suíça (abaixo), será que teria sido seu melhor investimento? Só vejo ganhos no curto e médio prazo novamente.


E se fosse entre 1999 e 2002 na bolsa de Amsterdam? Mais uma vez, ganhos, só no curto e médio prazo.

A mesma coisa em Paris?


Entre 2000 e 2001 na Alemanha, teria sido o melhor negócio? Alguma coisa "boa" em mais de 5 anos? Só se tivesse acertado previsto crises.


E se fosse entre 1998 e 2000 em Londres? Teria sido seu melhor investimento? No longo prazo, só entre 1985 e 2000.


É verdade que tivemos uma bela crise em 2008. Mas no longo prazo, crises maiores também não devem acontecer? O caso mais extremo é o do Japão: só conseguiu ganhar algum dinheiro nos últimos 20 anos quem investiu entre 2002-2003 e retirou antes do famigerado 2008. No mais, só perdeu dinheiro. Mas 5 anos está no limite de médio e longo prazo, certo?

Ai pergunto, os riscos de fato diminuem no longo prazo? Se sim, chega a ser relativamente seguro?

Para longo prazo (5-10 anos), é sempre o melhor investimento?

É possível garantir algum lucro sem ser uma pessoa de sorte ou um pouco especuladora?

Minha conclusão é que a economia é muito dinâmica e, consequentemente, a bolsa também. O cenário muda com freqüência e o longo prazo talvez seja imprevisível. Assim, me parece que apenas tendo uma gota de especulador e investindo para médio prazo é que os riscos podem se tornar mais controlados, embora mesmo assim continuem altos.

Quais são as suas conclusões?

Abs,
Fred

Fonte dos gráficos:

Todos os gráfico foram retirados do Yahoo! Finance (http://finance.yahoo.com/). Recomendo!

quarta-feira, 9 de junho de 2010

"Contra o aquecimento global, planejamento familiar" - parte 2

Complementando postagem anterior, estimei a correlação entre posição no rank mundial de emissão de gás carbônico com posição no rank de produto interno bruto[1], dos países que incluí na análise passada.

Como pode ser visto no gráfico abaixo, e confirmado pelo teste de Spearman [2] , existe altíssima correlação entre PIB e emissão de CO2 de um país.


Claramente não podemos extrapolar de correlação para causa/efeito, já que a riqueza de um país não pode ser a causa de suas emissões. Entretanto, as causas de suas riquezas podem ser as mesmas de suas emissões. Essas, provavelmente, são estilo de vida e nível de industrialização, como tem sido largamente proposto.

Entretanto a intenção era lembrar (o que parecia estar claro) e tentar argumentar contra o movimento de "Planejamento Familiar/Controle de natalidade como forma de combate ao efeito estufa", foco da postagem anterior.

Fica claro que o foco das atenções para o combate do efeito estufa deve se voltar aos países ricos, que em geral tem taxa de natalidade sob controle, e não para as populações em crescimento desordenado, que geralmente estão associadas a probreza.

Abs,
Fred

[1] http://en.wikipedia.org/wiki/List_of_countries_by_GDP_%28nominal%29

[2]
Spearman's rank correlation rho

data: data$pibIMF and data$co2
S = 492.1893, p-value = 8.941e-07
alternative hypothesis: true rho is not equal to 0
sample estimates:
rho
0.8106964